Eu não tenho medo de escrever. Apenas publico
sábado, 8 de outubro de 2011
Do tempo ou dos tempos
Das amizades
A amizade, muito mais do que um companhia, pode nos revelar a grandeza do que somos capazes. O gostar mais desinteressado, que advém delas, é um sinal que não somos meramente interesseiros. Muitas vezes, e é bom que seja assim nos comprometemos com o outro, simplesmente, pelo outro. Ainda que a presença seja agradável não pensamos nisso quando um amigo em momentos ruins nos procuram. Não raro iremos ao seu encontro, simplesmente, para confortá-lo. Amizade é, senão, uma ponte com o que temos de mais nobre – a compaixão. Acredito que só nas amizades ela é plena, recíproca e amplificadora.
Da pessoa
Que elaboremos melhor nossas ideias. Sem, antes, simplesmente, trocá-las. Que não mudemos tão rapidamente o foco e tentemos a inutil mágica de nos autotransformarmos. Se você pensa ou sente diferente da maioria deverá tentar não, meramente, se adaptar ou negar. Mas, compreender-se. Fazendo isso talvez perceba que o que é aparentemente um incomôdo ou desvantagem. Pode ser o melhor que existe em você.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Sobre o amor
Que todos me perdoem, mas ainda não tennho medo de amar. Ainda não encontrei força maior que a de viver em plenitude um sentimento, mesmo que saiba da sua provavel desternidade. Pois, vivemos em época de muito falar e pouco sentir. Temos intimidade, mas não vivência com o outro se e depois queremos entender porque nos falta algo na vida. Que certas perguntas parecem não ter resposta. É que talvez nós não temos por sí só como elaborar todas as resposta.
O amor penso está muito além de momentos românticos. E está na amplitude de conhecermos outros gostos, entender de coisas que jamais poderia nos passar pela cabeça conhecer. Coisas que passarão meio que insiginificante, porém algumas que podem até decidir se continuaremos levando a mesma vida. Entendo de modo mais amplo que o amor é, senão, a vida que não passa inteiramente despercebida. É a vida olhada com olhos de interesse, pois o que nos move é de alguma forma é o coração.
Que nenhum Homem tenha medo de, simplesmente, amar. Não esquecendo que se fosse alheio a esse sentimento, de certa maneira, perderia muito do seu próprio carater. É possível, contruído, de forma mais gratuita. Não há uma maneira de se chegar ao amor, mas apenas uma única maneira de negá-lo.
Prase poema
Quase um poema
Atrevo-te a não ser politicamente correto
No último sábado (01) mais um casal de homossexuais foi agredido no centro de São Paulo. Simplificando, o motivo foi porque um dos agressores se interessou pela amiga do casal e com raiva por ela não atender ao seu interesse, vitimou os dois homens. Foram dois homens que muitas pessoas acham que, simplesmente, dão ou come um cú e ponto. O ponto, na verdade, deveria vir depois de muitas outras coisas, inclusive, de pararmos de ser politicamente corretos ao falar de homossexualidade.
O preconceito acredito eu, ainda persiste por dois fatores básicos: ignorância (advinda de o desconhecimento da profundidade de uma realidade e/ou tema) e falta de concebermos a idéia que a natureza não é tão perfeita, não do modo tradicionalista que queremos enxergá-la.
O tema da homossexualidade é atualmente tratado com muita educação, com muito cuidado. O que aparentemente seria positivo, pode se reverter ao seu oposto. Ao invés de nos preocuparmos tanto em usar nomenclaturas certas, cuidado com sufixos, deveríamos prestar mais atenção no que é dito de forma mais escrachada, pois é ai que se encontra as raízes de qualquer preconceito. Quando um homem com orientação homossexual (orientação visto que não é opção) é chamado de “viadinho” percebemos que a pessoa que usa tal palavra acredita que um homem é menos homem só pelo fato dele ter intimidades sexuais e afetivas com outro homem. Em bom português, se ele dá ou come, não perde, por isso, seu pinto, ou se preferirem seu órgão sexual masculino.
Os agressores, em sua maioria também homens, devem ter sua masculinidade mesmo muito frágil por não aguentar ver o carinho entre outros dois caras. É como se com esses gestos de afeto, eles próprios perdessem seu referencial de masculinidade, que deve ser repito muito frágil. Se não pararmos com essa ideia de reduzir um homossexual ao que ele faz na cama, nunca conseguiremos entender mais plenamente essa realidade que perpassa por dores, amores e limitações. Cabê também cada homossexual debater sua realidade para dar a chance dos outros o entenderem. Desmitificar estereótipos. Nem todo homossexual é passivo. Nem todo heterossexual não gosta de ser penetrado de alguma forma. Não é com palavras bonitas ou mágicas do tempo que as coisas melhoraram.